CYBERCULTURA

ATPCG DE 22/06/2020

ATPCG  DE 29/06/2020   

Continuando....... 

Qual vai ser o "novo normal" de nossas  escolas?
Voltaremos a lecionar presencialmente?
Lecionaremos online esse ano e talvez também no seguinte?
Migraremos para uma modalidade híbrida presencial-online?

Seria a "tecnofobia" o  que nos impede realizarmos a educação online? Seria a falta de letramento cibercultural?

Escuto, com frequência, o pré-julgamento de que uma aula mediada pelas tecnologias digitais em rede é pior do que uma aula presencial -- mas será que isso é necessariamente verdade? Você acha toda aula presencial ótima? Será que não podemos ter uma aula online também boa?

Interessante constatar que em nossa filosofia ocidental ainda temos um certo preconceito de que tudo que é natural é divino, bom, feliz, independente e livre; e tudo o que é artificial é imperfeito, ruim, injusto, opressor e sem liberdade autêntica. Nesse sentido, uma aula presencial com o "olho no olho", se pressupõe sempre ser melhor do que uma aula online... será mesmo?

Penso que há muita confusão, muita coisa misturada, muita coisa equivocada, muitas certezas sem vivências, e muitas vivências num tipo de educação massiva-instrucionista (que ainda é hegemônica na EAD) sem considerar que há tantas outras abordagens didático-pedagógicas que podem ser realizadas na modalidade a distância. Uma coisa é a modalidade, outra coisa é a abordagem educacional... precisamos separar o joio do trigo! Precisamos conversar sobre isso.



Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ .•*¨*•► Princípios da educação on-line: para sua aula não ficar massiva e nem maçante.








Vamos refletir sobre:

  • Estratégias pedagógicas online; 
  • Comunidade e colaboração; 
  • Experiências alternativas de campo na formação inicial de professores; 
  • Métodos e Pedagogia de Formação Inicial de Professores; 
  • Desenvolvimento profissional de educadores da educação básica; 
  • Ferramentas digitais;
  • Questões de Equidade. 



ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS

O Vídeo

LEVANTAMENTO PRÉVIO


a) Vocês utilizam filmes em suas aulas? Com que frequência?
b) Vocês costumam exibi-los integralmente ou em trechos?
c) De que forma o conteúdo de um filme é trabalhado em sala de aula?


CONTEXTUALIZANDO
Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ .•*¨*•► TEXTO DE JOSÉ MANUEL MORAN

Finalmente o vídeo está chegando à sala de aula. E dele se esperam, como em tecnologias anteriores, soluções imediatas para os problemas crônicos do ensino-aprendizagem. O vídeo ajuda um bom professor, atrai os alunos, mas não modifica substancialmente a relação pedagógica. Aproxima a sala de aula do cotidiano, das linguagens de aprendizagem e comunicação da sociedade urbana, mas também introduz novas questões no processo educacional.
O vídeo está umbilicalmente ligado à televisão e a um contexto de lazer e entretenimento que passa, imperceptivelmente, para a sala de aula. Vídeo, na cabeça dos alunos, significa descanso e não "aula", o que modifica a postura, as expectativas em relação ao seu uso. Precisamos aproveitar essa expectativa positiva para atrair o aluno para os assuntos do nosso planejamento pedagógico. Mas, ao mesmo tempo, saber que necessitamos prestar atenção para estabelecer novas pontes entre o vídeo e as outras dinâmicas da aula.
Vídeo significa, também, uma forma de contar multilinguística, de superposição de códigos e significações, predominantemente audiovisuais,  mais próxima da sensibilidade e prática do homem urbano e ainda distante da linguagem educacional, mais apoiada no discurso verbal-escrito. [...]

Propostas de uso do vídeo
Proponho, a seguir, um roteiro simplificado e esquemático com algumas formas de trabalhar com o vídeo na sala de aula. Como roteiro, não há uma ordem rigorosa e pressupõe total liberdade de adaptação destas propostas à realidade de cada professor e dos seus alunos.

Usos inadequados em aula
Vídeo-tapa buraco: colocar vídeo quando há um problema inesperado, como ausência do professor. Usar este expediente eventualmente pode ser útil, mas se for feito com freqüência, desvaloriza o uso do vídeo e o associa – na cabeça do aluno – a não ter aula.
Vídeo-enrolação: exibir um vídeo sem muita ligação com a matéria. O aluno percebe que o vídeo é usado como forma de camuflar a aula. Pode concordar na hora, mas discorda do seu mau uso.
Vídeo-deslumbramento: o professor que acaba de descobrir o uso do vídeo costuma empolgar-se e passa vídeo em todas as aulas, esquecendo outras dinâmicas mais pertinentes. O uso exagerado do vídeo diminui a sua eficácia e empobrece as aulas.
Vídeo-perfeição: existem professores que questionam todos os vídeos possíveis porque possuem defeitos de informação ou estéticos. Os vídeos que apresentam conceitos problemáticos podem ser usados para descobri-los, junto com os alunos, e questioná-los.
Só vídeo: não é satisfatório didaticamente exibir o vídeo sem discuti-lo, sem integrá-lo com o assunto de aula, sem voltar e mostrar alguns momentos mais importantes.

Propostas de utilização
Vídeo como sensibilização
É, do meu ponto de vista, o uso mais importante na escola. Um bom vídeo é interessantíssimo para introduzir um novo assunto, para despertar a curiosidade, a motivação para novos temas. Isso facilitará o desejo de pesquisa nos alunos para aprofundar o assunto do vídeo e da matéria.
Vídeo como ilustração
O vídeo muitas vezes ajuda a mostrar o que se fala em aula, a compor cenários desconhecidos dos alunos. Por exemplo, um vídeo que exemplifica como eram os romanos na época de Júlio César ou Nero, mesmo que não seja totalmente fiel, ajuda a situar os alunos no tempo histórico. Um vídeo traz para a sala de aula realidades distantes dos alunos como, por exemplo, a Amazônia ou a África. A vida se aproxima da escola através do vídeo.
Vídeo como simulação
É uma ilustração mais sofisticada. O vídeo pode simular experiências de química que seriam perigosas em laboratório ou que exigiriam muito tempo e recursos. Um vídeo pode mostrar o crescimento acelerado de uma planta, de uma árvore – da semente até a maturidade – em poucos segundos
Vídeo como conteúdo de ensino
Vídeo que mostra determinado assunto, de forma direta ou indireta. De forma direta, quando informa sobre um tema específico orientando a sua interpretação. De forma indireta, quando mostra um tema, permitindo abordagens múltiplas, interdisciplinares.
Vídeo como produção
Como documentação, registro de eventos, de aulas, de estudos do meio, de experiências, de entrevistas, depoimentos. Isto facilita o trabalho do professor, dos alunos e dos futuros alunos. O professor deve poder documentar o que é mais importante para o seu trabalho, ter o seu próprio material de vídeo assim como tem os seus livros e apostilas para preparar as suas aulas. O professor estará atento para gravar o material audiovisual mais utilizado, para não depender sempre do empréstimo ou aluguel dos mesmos programas.

Como intervenção: interferir, modificar um determinado programa, um material audiovisual, acrescentando uma nova trilha sonora ou editando o material de forma compacta ou introduzindo novas cenas com novos significados. O professor precisa perder o medo, o respeito ao vídeo, assim como ele interfere num texto escrito, modificando-o, acrescentando novos dados, novas interpretações, contextos mais próximos do aluno.

Como expressão, como nova forma de comunicação, adaptada à sensibilidade principalmente das crianças e dos jovens. As crianças adoram fazer vídeo e a escola precisa incentivar o máximo possível a produção de pesquisas em vídeo pelos alunos. A produção em vídeo tem uma dimensão moderna e lúdica. Moderna, como um meio contemporâneo, novo e que integra linguagens. Lúdica, pela miniaturização da câmera, que permite brincar com a realidade, levá-la junto para qualquer lugar.
Filmar é uma das experiências mais envolventes tanto para as crianças como para os adultos. Os alunos podem ser incentivados a produzir dentro de uma determinada matéria, ou dentro de um trabalho interdisciplinar. E também produzir programas informativos, feitos por eles mesmos e colocá-los em lugares visíveis dentro da escola e em horários em que muitas crianças possam assisti-los.

Vídeo como avaliação
Dos alunos, do professor, do processo.

Vídeo-espelho
Vejo-me na tela para poder compreender-me, para descobrir meu corpo, meus gestos, meus cacoetes. Vídeo-espelho para análise do grupo e dos papéis de cada um, para acompanhar o comportamento de cada um, do ponto de vista participativo, para incentivar os mais retraídos e pedir aos que falam muito para darem mais espaço aos colegas. O vídeo-espelho é de grande utilidade para o professor se ver, examinar sua comunicação com os alunos, suas qualidades e defeitos.

Vídeo como integração/suporte de outras mídias
Vídeo como suporte da televisão e do cinema. Gravar em vídeo programas importantes da televisão para utilização em aula. Alugar ou comprar filmes de longa metragem, documentários para ampliar o conhecimento de cinema, iniciar os alunos na linguagem audiovisual. Vídeo interagindo com outras mídias como o computador, o CD-ROM, com os videogames, com a Internet. [...]



 PROBLEMATIZAÇÃO

1) Você se lembra desse ano? Era uma época em que a Educação ainda não se utilizava muito da informática e o vídeo era a tecnologia da moda.
2) No trecho em questão, o autor relaciona formas não muito indicadas para o uso do vídeo na educação. Com os contra-exemplos, tece um pano de fundo para indicar técnicas capazes de propiciar essa utilização.
3) Será que os estilos identificados podem ser os mesmos para o uso no ambiente on-line?

ATIVIDADES E ESTRATÉGIAS

Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ .•*¨*•► Levantamento das ferramentas virtuais utilizadas pelas áreas

Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ .•*¨*•► Marcar socialização das ferramentas

VIDEO Não é substituição: é complementação.
O meio também é uma forma de se passar a mensagem, dizia o educador Marshall McLuhan. E hoje são muitos os meios existentes para que a mensagem seja ainda mais eficaz para o seu receptor principal – no caso, o aluno. Como a tecnologia está cada vez mais inserida na sala de aula e nos conceitos pedagógicos de escolas e professores, uma opção viável e eficiente é a utilização de vídeos para a potencialização do aprendizado dos alunos, e YouTube Educação é um ótimo recurso. Por isso, há grande valor na utilização de vídeos em sala de aula e uma das melhores fontes desse tipo de recurso é o YouTube, o maior portal de vídeos na internet com conteúdo gratuito e de qualidade. Assim, elencamos aqui os 5 melhores canais de informação e conhecimento na educação no YouTube!  
O que teremos pela frente:




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