Modalidades Organizativas

MODALIDADES ORGANIZATIVAS E MODALIDADES DIDÁTICAS NO ENSINO DE LINGUAGEM VERBAL


Para organizarmos o trabalho de ensino de linguagem, é preciso que se leve em conta amaneira mais adequada para fazermos a gestão do tempo, considerando modalidades didáticas que otimizem a utilização do mesmo.

Considerando-se:

a) o princípio de organização do currículo em espiral — pois os alunos precisam ter contato com os conteúdos em diferentes momentos do processo de aprendizado,de maneira a dele se apropriarem melhor


b) a natureza de cada conteúdo e suas necessidades de abordagem;


c) a necessidade de haver uma seleção dos conteúdos em função do tempo de que se dispõe para ensinar e das expectativas de aprendizagem colocadas para os alunos,e inspirando-nos em Lerner (2002) — mas não apenas — , podemos dizer que três podem ser as modalidades  - denominadas pela autora de organizativas - nas quais o trabalho de sala de aula pode ser organizado:

a) os projetos de leitura, escuta e produção de textos;

b) as sequências de atividades;

c) as atividades independentes.

Tal como proposto pela autora, podemos identificar dois critérios fundamentais que distinguem umas das outras: a frequência  à sala de aula e a duração

 do trabalho implicado na modalidade. Além desses, também é possível reconhecer a potencialidade de cada modalidade organizativa para trabalhos com conteúdos específicos




ATIVIDADE PERMANENTE

  • O que é: Trabalho didático realizado regularmente (diária, semanal ou quinzenalmente), como ler para os alunos, organizar rodas de conversa e reservar uma aula da semana para a produção de pinturas e desenhos no ateliê.
  • Objetivos: Familiarizar a turma com um conteúdo e formar hábitos. Ao fazer leituras diárias, por exemplo, as crianças aprendem sobre a linguagem escrita e desenvolvem comportamentos leitores.
  • Organização: Prever objetivos, conteúdos, duração da atividade, materiais necessários e como será feita a avaliação.
  • Como usar: Realizar atividades permanentes não significa fazer sempre a mesma coisa. A proposta deve ser empregada com regularidade durante o ano ou um semestre e oferecer novos desafios (rodas de leitura em que livros cada vez mais difíceis são lidos pelo professor).


SEQUÊNCIA DIDÁTICA

  • O que é: Série de atividades envolvendo um mesmo conteúdo, com ordem crescente de dificuldade, planejadas para possibilitar o desenvolvimento da próxima.
  • Objetivo: Ensinar conteúdos que exijam tempo para aprender e aprofundamento gradual, como o reconhecimento das características de uma paisagem brasileira em Geografia, uma série de experiências para observar a ação de micro-organismos em Ciências ou a leitura da obra de um autor em Língua Portuguesa.
  • Organização: Prever a ordem em que as atividades serão propostas, os objetivos, os conteúdos, os materiais, as etapas do desenvolvimento, a duração e a maneira como será feita a avaliação.
  • Como usar: A maioria dos conteúdos exige tempo para aprender. Por isso, a sequência didática é a modalidade organizativa mais presente no planejamento. Escolher os conteúdos mais importantes, organizar a série, garantindo a continuidade, e distribuí-los durante o ano. O número de atividades de cada sequência é variado, assim como o tempo de duração (ambos dependem do objetivo e da resposta da turma às propostas).

ATIVIDADES EM SEQUÊNCIA DIDÁTICA - GÊNEROS

Situações didáticas de leitura, produção de textos e reflexão linguística

 MODALIDADES - DIDÁTICAS DE TRABALHO COM LINGUAGEM -  ATIVIDADES DE LEITURA (Kátia Lomba Brakling)

 Leitura Pontual

Para trabalhar com a constituição da necessidade de ler regularmente, com diferentes finalidades, em especial, para informar-se a respeito de atualidades e temas relevantes para a vida cidadã ou assuntos em desenvolvimento e estudo em aula. Trata-se de instituir um dia fixo na semana, no qual se leia em determinado horário. Os leitores podem ser tanto o professor quanto os alunos, se o tema for socializado e combinado previamente.

 Leitura Colaborativa (ou compartilhada)

Estudar o texto coletivamente, por meio de leitura que mobilize nos alunos capacidades de leitura necessárias para a construção da sua proficiência. A ideia é que a explicitação dos modos de obter informação para responder às perguntas propostas, tornem observáveis as estratégias que cada um utiliza para significar, possibilitando a apropriação dessas estratégias por quem ainda não as construiu. A leitura colaborativa é fundamental para o ensino de como se lê, ao contrário da leitura independente com questões escritas para resposta a ―leitura silenciosa, que apenas verifica o que o aluno já consegue fazer. Dito de outra forma, a leitura colaborativa ensina a ler e a ―silenciosa apenas verifica se o aluno sabe fazê-lo.

Leitura Programada

Trabalhar com a ampliação da proficiência dos alunos no que se refere à leitura de textos mais extensos, programando a leitura parte a parte. A partir da leitura prévia de cada parte, a professora promove a discussão coletiva das mesmas, ensinando procedimentos de recuperação da parte lida anteriormente. O trabalho de discussão compreende também a mobilização de capacidades de leitura para a atribuição de sentido ao texto, considerando suas características mais específicas. Além disso, esta modalidade permite, ainda, o trabalho com a obra de determinado autor, pois possibilita a problematização de suas especificidades de estilo e de tratamento temático.

 Leitura em voz alta feita pelo professor

Algumas finalidades: explicitar ao aluno por meio da fala do professor -comportamentos de leitor (critérios de escolha e apreciação das obras, por exemplo; recursos que utilizou para a escolha do texto autor, gênero, editora, ilustrações, entre outros); possibilitar aos alunos que não leem o contato com textos em linguagem escrita de boa qualidade; possibilitar aos alunos contato com textos que não escolheriam de maneira independente; ampliar repertório de leitura. Esta modalidade didática possibilita ao professor modelizar comportamentos e procedimentos de leitor.

Atividades sequenciadas de leitura para estudo de determinado tema

Possibilitar o estudo de determinado tema por meio de uma sequência de atividades que preveem a leitura de textos com grau crescente de ampliação e/ou aprofundamento de informações


ATIVIDADES DE LEITURA– P

Roda de Leitores

Possibilitar a socialização das leituras realizadas de maneira independente, com a finalidade de observar comportamentos leitores já construídos pelos alunos e, ao mesmo tempo, ampliar seu repertório por meio da explicitação dos comportamentos de todos. No processo de socialização, explicitam-se os critérios de apreciação estética em uso pelos diferentes alunos, criando-se um espaço de circulação dos mesmos, o que cria a possibilidade de apropriação dos mesmos por diferentes leitores. Possibilitar, ainda, a discussão e estudo de uma determinada obra ou de um conjunto de obras do mesmo autor, com a finalidade de compreender seu estilo pessoal. Pode realizar-se, portanto, considerando obras de escolha pessoal ou obras selecionadas pela escola.

Leitura de Escolha Pessoal

Possibilitar aos alunos a escolha de obras que contemplem suas preferências pessoais, permitindo que o professor tenha uma referência do tipo de leitura que já é da competência autônoma dos alunos.

Leitura Individual com questões para interpretação escrita

Trata-se de atividade que permite ao professor analisar qual é a proficiência autônoma de seu aluno em relação às capacidades de leitura que deverão ser mobilizadas para responder as questões propostas. Não se trata, portanto, de atividade que permita intervenção processual na leitura, mas verificação de competência já constituída. É importante focalizar que a compreensão do aluno será traduzida na escrita, o que requer a utilização de uma proficiência diferente, que é a de produzir textos. Além disso, é preciso considerar que há necessidade de que as perguntas elaboradas possibilitem a investigação efetiva da compreensão do texto pelo aluno.

Leitura em voz alta

Atividade que permite o trabalho com os aspectos relativos à oralização de texto escrito como dicção, entonação, dramatização, entre outros. É preciso que aconteça em um contexto no qual oralizar texto escrito faça sentido. Para tanto, é importante recorrer às situações enunciativas nas quais essa capacidade é solicitada: ler discurso em cerimônia de encerramento de ano letivo, de comemoração ler textos em saraus literários, ler textos vários, em voz alta, para gravar CD de divulgação, anunciar, em supermercado, produtos e promoções, ler em voz alta para discutir coletivamente um texto, entre outras.

Diário Pessoal de Leitura

Trata-se da elaboração de um diário pessoal que contenha comentários a respeito da obra que se está lendo. Cada aluno elabora o seu diário e, a cada dia levam para a classe disponibilizando-o para leitura dos demais colegas. A finalidade de tal atividade é tanto acompanhar os critérios de apreciação estética que cada aluno está utilizando para analisar o que lê, quanto possibilitar a circulação das impressões registradas entre os demais alunos da classe.

Diário de Estudos

Trata-se da elaboração de um diário que conterá as atividades preparadas pelo professor para estudo de determinada obra: reflexões sugeridas; orientações de leitura; pesquisas para aprofundamento de determinada questão apresentada pela obra; investigação do contexto de produção da obra; conhecimento do autor e do ilustrador, por meio da leitura de sua biografia, entre outras

 



PROJETO DIDÁTICO
“Os projetos [...] apontam outra maneira de representar o conhecimento escolar baseado na aprendizagem da representação da realidade, orientada para o estabelecimento de relações entre a vida dos alunos e professores e o conhecimento que as disciplinas (que nem sempre coincidem com o das disciplinas escolares) e outros saberes não disciplinares vão elaborando. Tudo isso para favorecer o desenvolvimento de estratégias de indagação, interpretação e apresentação do processo seguido ao estudar um tema ou um problema, que, por sua complexidade, favorece o melhor conhecimento dos alunos e dos docentes de si mesmos e do mundo em que vivem.”
(Fernando HERNÁNDEZ, 1998)

  • O que é: Conjunto de ações para a elaboração de um produto final que tenha uso pela comunidade escolar. Uma de suas características é envolver a turma em todas as etapas do planejamento.
  • Objetivo: Reunir conteúdos abrangentes, atingindo propósitos didáticos e sociais. Um projeto de leitura e escrita, por exemplo, em que os estudantes fazem um livro de receitas ensina a ler e escrever e trabalha com valores nutricionais. Pode ter como meta mostrar à comunidade como aproveitar as frutas regionais.
  • Organização: Prever os momentos de planejamento e de discussão em grupo e os de trabalhos individuais. Colocar justificativas, aprendizagens desejadas,etapas do desenvolvimento, produção, maneiras de divulgar o produto final, duração e avaliação final.
  • Como usar: A duração é variada, mas sempre ocupa dois meses ou mais. Por isso, o ideal é propor um ou dois por ano para cada turma. Desenvolve-se o conjunto das atividades do projeto sem abandonar as atividades permanentes e as sequências didáticas.
Um dos nomes expressivos na pedagogia sócio-histórica é Vygotsky, pois seus estudos defendem que todo conhecimento é construído socialmente no âmbito das relações sociais. 
Partindo dessa premissa e da citação acima, podemos destacar como palavra-chave nestes tempos modernos de educação, a mediação, a interação, a função social, a construção, o processo dialógico, o debate e a ação, que estão embutidos nos principais fundamentos da pedagogia sócio-histórica e no trabalho de projetos. Nesta abordagem define-se conhecimento como algo que se constrói, dinâmico, interativo, que leva ao crescimento educacional. 
Portanto, o trabalho com projetos, trata-se de uma postura nova metodológica, concepção em que o professor organiza, media, propõe situações de aprendizagem para os alunos, baseados em um conhecimento construído, refletindo sua ação e desenvolvendo sua aprendizagem. 
A Pedagogia de Projetos oferece ao professor condições para que ele (re) avalie seu trabalho, sistematizando coletivamente as atividades escolares.
Com o tempo, você vai descobrindo que a sua concepção não precisa ser a única, nem a mais correta, mas que pode ser uma metodologia escolhida por um grupo de educadores e gestores. Esse é um de nossos maiores desafios hoje em dia.

Dica: Trabalhar com Projetos Estruturantes
Exemplo: 
Língua Portuguesa, História, Geografia
Para trazer o diálogo entre disciplinas, é essencial elegermos um tema que possa acolher diversos assuntos de interesse por parte dos alunos, de modo que a literatura seja a porta de entrada para a pesquisa sobre as questões que os rodeiam e que suscitam reflexões. 

Um exemplo seria apresentar a proposta de estudo sobre o sertão:
-a vegetação, 
-o clima, 
-o solo árido, 
-a caatinga 
-homem do sertão

Tendo como base para a pesquisa os escritos de autores brasileiros que elegem esse cenário como palco para a composição de textos:
Euclides da Cunha, em Os Sertões, 1902; 
Graciliano Ramos, em Vidas Secas, 1938 
João Cabral de Melo Neto, em Morte e Vida Severina, 1954). 

Assim, por meio de variadas perguntas:
- Como cada um retrata esse lugar? 
- Quais as coincidências e peculiaridades apresentadas por cada autor? 
- Quais são os efeitos de sentido promovidos por cada “modo de contar”? 
- Quais relações entre o “retrato do sertão” e o que se passa nesse lugar, em cada um dos textos estudados? 

Poderemos levá-los a explorar obras da literatura, sob diferentes pontos de vista, com vistas a promover o encontro entre disciplinas. Entendo ser esse trabalho que convocará os próximos passos, “convidando” a Geografia e a História para promover maior densidade aos estudos, de forma a compor uma reflexão mais ampla e aderente aos propósitos didáticos do projeto. 
Assim:
- Geografia poderá trabalhar com a cartografia da região, as características do clima, da vegetação, a paisagem hostil e o homem sertanejo. 
- História, nesse mesmo raciocínio, o docente poderá contextualizar o período em que o livro foi escrito, explorar com os alunos a visão da sociedade da época, assim como o lugar social e político do autor de cada obra.


Já em relação à metodologia de trabalho“o pouco interesse pela leitura da maioria de nossos jovens”, acredito que podemos pensar em algumas saídas! Uma delas é apostar no interesse dos adolescentes pelas redes sociais, usando as hipermídias para instigar o gosto pela literatura: vídeos de entrevistas de autores contemporâneos, blogs de resenhas de livros, músicas, animações, filmes e teatro. Eis algumas indicações, ainda de acordo com o exemplo citado:

Animação: Morte e Vida Severina (baseada no poema) – TV Escola

Vale ainda enfatizar o trabalho de mobilização para a leitura, considerando: a importância da seleção dos textos, as possibilidades de mediação, a leitura pelo professor de trechos que possam chamar atenção para a obra, as rodas de leitura e até mesmo os saraus! 
Por fim, seguem três dicas para ampliar nossa conversa:
-       O curso virtual “Leitura vai, escrita vem: práticas em sala de aula”, que terá várias edições previstas ainda para este ano;
-       O texto “A literatura e os leitores jovens”, de Maria Zélia Versiane Machado, publicado na revista Na Ponta do Lápis, 17;
-       Entrevista com Yolanda Reys, especialista colombiana, que discute a formação de leitores


REGISTRO DE CLASSE
Notas, pautas de observação e diários ajudam a acompanhar o desenvolvimento dos alunos e são uma fonte de aprendizado para o professor. Conheça os modelos de registros de classe:

     NOTAS

  • O que são: Anotações curtas feitas nas aulas, como frases, comentários dos alunos, perguntas e dúvidas levantadas por eles, conteúdos a serem pesquisados, informações para checagem etc.
  • Objetivo: Lembrar momentos importantes e não perder dados significativos do processo de ensino e aprendizagem.
  • Organização: Deixar sobre a mesa uma prancheta, sulfites e canetas. Não é preciso se preocupar com a ordem nem com a profundidade dos apontamentos.
  • Como usar: Elas serão a base de planejamentos futuros, relatórios mais detalhados sobre projetos ou atividades e dos relatórios de avaliação dos alunos.


     PAUTAS DE OBSERVAÇÃO

  • O que são: Tabelas de duas ou mais entradas, nas quais aparecem o nome dos alunos e os conteúdos didáticos ou atitudinais a ser observados.
  • Objetivo: Acompanhar a evolução do aprendizado de um ou mais conteúdos ao longo do ano.
  • Organização: Tabular os nomes e os as pectos a serem analisados. Legendar a tabela com conceitos ou cores referentes a um estágio de aprendizagem. Preencher durante ou logo após a atividade.
  • Como usar: De tempos em tempos, é preciso fazer a análise e a comparação das tabelas. Quanto maior a frequência com que elas forem preenchidas e analisadas, mais informações se tem sobre o avanço de cada estudante e mais rápido é possível fazer intervenções.


     DIÁRIOS DE AULA

  • O que são: Narrativas sobre o que aconteceu na sala de aula, tanto em relação a comentários e produções dos alunos como em relação a si mesmo (impressões e reflexões). 
  • Objetivos: Refletir sobre o planejamento e sua adequação às necessidades dos alunos, ter pistas sobre os rumos que se pode tomar, documentar o trabalho feito com a turma e aprofundar ideias para serem usadas no futuro.
  • Organização: Ter um caderno reservado para o diário (ou um arquivo no computador) e escrever nele logo depois da aula, ou nos dias posteriores, para que os fatos não sejam esquecidos. O mais importante é registrar o maior número possível de dados, sempre refletindo e avaliando a prática pedagógica e não apenas listando as atividades.
  • Como usar: Uma das principais utilidades é o compartilhamento com o coordenador pedagógico, que poderá, com base nas reflexões do docente, ajudar a reavaliar sua prática pedagógica. O ideal é escrever com frequência e recorrer aos diários quando planejar e avaliar. 


     Avaliação

Reunir o material produzido por cada aluno e relembrar as vivências em sala para fazer um relatório requer dedicação. A professora Simone Figliolino, da EMEF Zilka Salaberry de Carvalho, em São Paulo, vê nesse documento que prepara regularmente para mandar aos pais uma forma de relacionar a teoria com a prática: "Depois de algum tempo, retorno a eles e aprendo com as situações".

    RELATÓRIO
  • O que é: Avaliação do desempenho de uma criança ou do grupo durante um determinado período.
  • Objetivo: Documentar o desempenho dos estudantes para comunicar às famílias as aprendizagens.
  • Organização: Pautas de observação, notas e diários são fundamentais na hora de elaborar os relatórios. Nas escolas onde não há um modelo, uma dica é começar com um breve relato do que foi trabalhado com a turma naquele período. Em seguida, para cada aluno, relatar como foi o avanço global em relação aos objetivos iniciais. Vale lembrar que elementos como falas e desenhos enriquecem o registro e facilitam o diálogo com a família. O coordenador pedagógico deve aparecer como corresponsável pelo documento, com quem o professor compartilha o material e reflete sobre ele.
  • Como usar: Cada escola trabalha com uma periodicidade para enviar a avaliação aos pais - bimestral, trimestral ou semestralmente. Em todos os casos, é preciso começar a produção dos relatórios com antecedência, pois o detalhamento requer tempo e reflexão.
 
HABILIDADES ESPERADAS DO PROFESSOR QUE AS NOVAS TECNOLOGIAS AJUDAM A DEFINIR E ESTABILIZAR.

 Da escrita para o design: não apenas construir sentidos com textos escritos/impressos, mas manipular escrita, imagem e som para construir/interpretar objetos complexos, multilineares, polifônicos e multimodais ; além disso, manipular os meios para especificar formas de interação entre esses objetos e seus usuários/leitores de acordo com seus propósitos pedagógicos; 

 Da leitura para a navegação: não mais definir e supervisionar um (per)curso de aprendizagem, mas fomentar, administrar e integrar diferentes trajetórias na construção de um tema ou na solução de um problema, transitar por diferentes códigos, modalidades semióticas, gêneros, instituições, e vozes sociais numa mesma "sentada" diante da tela quando um certo conhecimento se fizer necessário à sua comunidade; 

 Da compreensão para a investigação: não mais se esforçar para legitimar a interpretação "autorizada” do texto (escrito ou de outra natureza), mas percorrer as múltiplas conexões que o texto (digital) oferece explicita ou implicitamente, lidar com os múltiplos discursos, por vezes conflitantes e contraditórios, ligados ao texto (digital) e encontrar formas de avaliar-lhes a credibilidade, a aplicabilidade e a relevância; 

 Da conversa para a colaboração: não mais a capacidade de mover o outro rumo a uma visão do mundo que supostamente lhe garantiria cidadania e prosperidade, mas a capacidade de mover-se junto com o outro por diferentes visões de mundo, para construir, e ser capaz de suportar, representações do mundo menos reducionistas, excludentes e simplificadoras.
Referência: Revista Nova Escola

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