10 de fevereiro de 2013

Errando e acertando


“E não me esquecer, ao começar o trabalho de me preparar para errar.

Não esquecer que o erro muitas vezes se havia tornado o meu caminho.

Todas às vezes em que não dava certo o que eu pensava ou sentia – é que se fazia enfim uma brecha, e, se antes eu tivesse tido coragem, já teria entrado por ela. Mas eu sempre tivera medo do delírio e erro.

Meu erro, no entanto, devia ser o caminho de uma verdade, pois quando erro é que saio do que entendo.

Se a ‘verdade’ fosse aquilo que posso entender, terminaria sendo apenas uma verdade pequena do meu caminho.”
Clarice Lispector



A avaliação deve ser compreendida de forma multifacetada, em que aluno e professor são avaliados, tendo como pressuposto o processo de ensino e aprendizagem. 

Para o desenvolvimento de ações condizentes com os pressupostos que defendemos, precisamos de um formador reflexivo que, no dizer de Alarcão (1996, p.8) é aquele que “analisa, numa postura prospectiva, interativa e retrospectiva, as implicações da sua atuação não só ao nível técnico e prático, mas também crítico e emancipatório, para ser o agente do desenvolvimento automizante do professor”. 

E, ainda, “é o profissional que procura a resposta para os problemas que se lhe colocam na encruzilhada dos fatores que tornam compreensível o próprio problema”.

O Diagnóstico inicial
O levantamento de conhecimentos prévios ou diagnóstico da turma, apesar de ser utilizado por muitos professores não tem um caráter de continuidade,  é realizado sem a necessária retomada. Levanta-se o que cada um sabe/conhece sobre o assunto e a partir desse levantamento não é feito nenhuma intervenção e/ou mudança no ensino. Segundo Zabala (1998, p. 199), as “primeiras fases do processo consiste em conhecer o que cada um dos alunos sabe, sabe fazer e é, e o que pode chegar a saber, saber fazer ou ser, e como aprendê-lo.” 

Esse diagnóstico inicial deve permitir ao professor estabelecer como serão trabalhados os conteúdos – a metodologia, além de possibilitar que pontos de confluências ou divergências há entre o que sabem os estudantes e os conteúdos da disciplina.

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